Jericó tinha uma
localização privilegiada, tanto devido ao contato com o Oriente quanto pelo
abundante acesso às águas. Arqueólogos escavaram as ruínas de Jericó e
encontraram sinais de um muro que deveria ter 2,5 m de espessura e 9 m de altura
e circundava toda a cidade. Era uma muralha e tanto!
Este episódio nos faz refletir sobre três práticas que levaram à queda dos muros:
A
prática do ouvir
O Senhor falou com
Josué (6.2-4: “Então disse o Senhor a Josué: Olha, entrego na tua mão Jericó, o
seu rei e os seus homens valorosos. Vós, pois, todos os homens de guerra,
rodeareis a cidade, contornando-a uma vez por dia; assim fareis por seis dias. Sete
sacerdotes levarão sete trombetas de chifres de carneiros adiante da arca; e no
sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas.”)
dando-lhe claras instruções sobre o que fazer. Uma geração inteira havia
morrido no deserto porque não ouviu os conselhos dados por Deus, tornando-se
desobediente (Josué 5.6: “Pois quarenta anos andaram os filhos de Israel pelo
deserto, até se acabar toda a nação, isto é, todos os homens de guerra que
saíram do Egito, e isso porque não obedeceram à voz do Senhor; aos quais o
Senhor tinha jurado que não lhes havia de deixar ver a terra que, com
juramento, prometera a seus pais nos daria, terra que mana leite e mel.”).
Esta geração comandada
por Josué era diferente. Eles tinham seus corações preparados e dispostos a
ouvir, talvez porque foram treinados no deserto.
Para que as muitas muralhas caiam em nossas vidas, temos que ter a mesma atitude de ouvir o que o Senhor fala.
Muitos dos seus ensinamentos falam sobre as várias áreas da vida que precisam ser ouvidos e seguidos. Orientações sobre a vida em família, finanças, saúde, relacionamentos, entre tantos outros .
Além dos assuntos
gerais, o Senhor fala sobre questões específicas de nossas vidas, através do
testemunho interior, por meio de pessoas e, principalmente, através do
testemunho de Cristo (Hebreus 1.1-2: “Havendo Deus antigamente falado muitas
vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a
nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por
quem fez também o mundo”).
Maridos ouçam suas
esposas, e vice-versa; filhos ouçam seus pais; pastores ouçam o povo. Quem não
tem disposição para ouvir ficará para fora das promessas de Deus. Jesus disse
inúmeras vezes "quem tem ouvidos para ouvir, ouça".
A
prática do esperar
Josué orientou ao povo
que não desse o brado de guerra, não levantasse a voz, até o dia em que lhe
ordenaria (Josué 6.10: “Josué tinha dado ordem ao povo, dizendo: Não gritareis,
nem fareis ouvir a vossa voz, nem sairá palavra alguma da vossa boca, até o dia
em que eu vos disser: gritai! Então gritareis.”).
Imagine uma multidão de
cerca de quarenta mil homens (Josué 4.13: “uns quarenta mil homens em pé de
guerra passaram diante do Senhor para a batalha, às planícies de Jericó.”)
esperando em silêncio por seis dias a manifestação de Deus. Ficaram firmes, pacientes,
confiantes e inabaláveis, esperando o tempo certo.
Precisamos aprender a
esperar com confiança, sem ansiedade. Deus está no controle absoluto de nossas
vidas.
Muitos cristãos não
sabem esperar o tempo de Deus. Deus é Senhor do tempo e soberano sobre todos os
acontecimentos nos céus e na terra. Jesus disse com ênfase: "não andeis
ansiosos de coisa alguma."
A
prática do avançar
Finalmente, no sétimo
dia, as muralhas ruíram ao som das trombetas e do grito do povo e tomaram
Jericó (6.20: “Gritou, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram as trombetas;
ouvindo o povo o sonido da trombeta, deu um grande brado, e o muro caiu rente
com o chão, e o povo subiu à cidade, cada qual para o lugar que lhe ficava
defronte, e tomaram a cidade:).
De maneira muito
consciente e madura, avançaram dentro dos limites estabelecidos e, como haviam
prometido, pouparam Raabe e toda a sua família reunida. Era somente a primeira
cidade de muito mais que viria adiante.
Assim também em nossas
vidas pessoais existe o preciso momento de avançar. Aqui não é hora de ouvir,
de esperar, de questionar. Quando as barreiras caem, portas são abertas, pontes
construídas, ou conexões estabelecidas, simplesmente avance. Afinal, Jesus
estabeleceu que: "as portas do inferno não prevalecerão sobre sua
igreja."
Pastor Gesse James Lucena Limeira