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SEIFA- Seu Seminário Teológico

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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

PASTORES EVANGÉLICOS SÃO NOVOS ALVOS DOS CARTÉIS MEXICANOS

Saiba mais sobre a Igreja no México

MÉXICO (*) - Líderes religiosos são alvos de sequestros para fim de extorsão. O preço do resgate é exigido do alto clero e dos dirigentes das igrejas evangélicas.

A ousadia da criminalidade organizada mexicana parece não ter fim. São cabeças cortadas e deixadas nas pistas de estradas movimentadas, jornalistas executados dentro de redações de jornais, chefes de polícia trucidados etc, etc, etc.

O presidente Felipe Caderón não sabe mais como prosseguir com a “guerra às drogas”, uma parceria com o então presidente George W. Bush que não conta com a aprovação de Barack Obama.

Para se ter idéia, até julho de 2010, a War on Drugs de Calderón contou 28 mil mortes. Mais de 70% das vítimas capitais não tinham nenhuma ligação com o tráfico de drogas ou qualquer outra atividade criminosa.

Um dramático comunicado conjunto foi divulgado pela Conferência Episcopal do México e da Fraternidade das Igrejas Evangélicas mexicanas. Ou seja, padres e pastores viraram alvos de sequestros para fim de extorsão. O preço do resgate é exigido do alto clero e dos dirigentes das igrejas evangélicas.

Fora isso, os cartéis exigem uma “taxa de permissão” (igual ao pizzo que a Cosa Nostra cobra dos empresários italianos na Sicília) para cultos e missas. Sem o pagamento (preço da extorsão), nada de celebrações. E os fiéis que enfrentam a proibição acabam por deixar as Igrejas debaixo de intenso tiroteio.

O comunicado conjunto cita casos concretos. Na província de Michoacan, por exemplo, os cartéis exigiram dinheiro para permitir a realização de uma tradicional festa religiosa. Em Tamaulipas, as missas foram suspensas para evitar promessas de ataques contra sacerdotes e fiéis.

* Este país não se enquadra entre os 50 mais intolerantes ao cristianismo.

Fonte: Terra (http://www.portasabertas.org.br)
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A ORIGEM E QUEDA DE SATANÁS

Na história do Universo nunca houve – nem haverá – traição maior. A criatura que representava a mais magnificente obra de seu Criador ressentiu-se de que sua glória era apenas emprestada, de que o papel que lhe estava destinado era o de tão somente refletir a infinita majestade do Deus que lhe deu o fôlego da vida. Dessa maneira, nasceu no coração de Lúcifer – e, em última análise, no recém-criado universo moral – o desprezível impulso da rebelião. Esse impulso originou a insurreição angélica que foi a mais terrível sedição na história em todos os tempos.

Uma questão preliminar

Por mais importante e original que tenha sido essa rebelião angélica, as Escrituras não incluem um registro específico do evento. No Antigo Testamento, Satanás aparece pela primeira vez no relato da queda de Adão (Gn 3). Ali, no entanto, ele já era o tentador caído que seduziu os primeiros seres humanos ao pecado. Dessa forma, já no início das Escrituras, a queda de Satanás é tratada como fato. Mas, por razões que não são esclarecidas em nenhum lugar, o próprio relato de sua queda está ausente nesse registro.

Ainda assim, o evento é lembrado duas vezes nos escritos dos profetas: por Isaías, em meio a uma inspirada diatribe contra a Babilônia (Is 14.11-23), e, mais tarde, por Ezequiel, quando ele repreende duramente o rei de Tiro (Ez 28.11-19). Essas duas passagens contam-nos a maior parte do que sabemos sobre a queda de Satanás.

Entretanto, aqui temos algumas dificuldades exegéticas. Em ambas as passagens, a menção da rebelião de Lúcifer aparece abruptamente num contexto que não trata, especificamente, de Satanás. Esse fato levou muitos estudiosos da Bíblia a rejeitar a idéia de que as passagens se referem a uma rebelião luciferiana e a insistir que elas focalizam exclusivamente os governantes humanos das nações pagãs às quais são dirigidas.

Apesar disso, é preferível entender que Isaías e Ezequiel propositalmente queriam levar os leitores para além dos crimes de reis humanos, guiando-os até a percepção do grande arquétipo do mal e da rebelião, o próprio Satanás. Essas passagens incluem descrições que, mesmo levando em conta a inclinação ao exagero por parte de governantes da Antiguidade, não poderiam ser atribuídas a qualquer ser humano. O emprego da primeira pessoa do singular (por exemplo: “Eu subirei...”; “exaltarei o meu trono...”; “me assentarei...”) em Isaías 14.13-14 refletiria um nível de ostentação indicativo de insanidade, caso fosse proferido por um mero ser humano, mesmo em se tratando de um dos monarcas pagãos babilônicos, que a si mesmos divinizavam. E qual rei de Tiro poderia ser descrito como “cheio de sabedoria e formosura... Perfeito... nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado...” (Ez 28.12,15)?

Além disso, a Bíblia ensina explicitamente que a perversidade do mundo visível é influenciada e animada por um domínio povoado por espíritos caídos, invisíveis (Dn 10.12-13; Ef 6.12), e que, em sua campanha traiçoeira e condenável de frustrar os propósitos do Deus verdadeiro, esses espíritos maus são dirigidos por Satanás, o “deus deste século” (2 Co 4.4).

Nos tempos primitivos da Terra após a queda, os rebeldes de Babel estavam determinados a construir “uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus” (Gn 11.4).

É característico dos escritores bíblicos fazer a conexão entre o mundo visível e o invisível, e isso de forma tão abrupta que pega o leitor momentaneamente desprevenido. Quando Pedro expressou seu horror ante o pensamento da morte de Jesus, o Senhor lhe respondeu “Arreda, Satanás!” (Mt 16.23; cf. 4.8-10). De forma semelhante, repentinamente e sem aviso, o profeta Daniel pula de uma descrição profética sobre Antíoco Epifânio (Dn 11.3-35) para uma descrição similar do Anticristo dos tempos do fim (Dn 11.36-45). Antíoco, governante selêucida no período intertestamentário, precede o vilão maior que conturbará a terra nos últimos dias. Um salto abrupto e não-anunciado do mundo político ganancioso, auto-engrandecedor, visível, para o drama arquetípico que se desenrola num mundo invisível aos seres humanos – mas que, apesar de não ser visto, deu origem às atitudes denunciadas nessas passagens –, tal salto não está fora de lugar nas Escrituras.

Finalmente, por trás das conexões feitas nessas duas passagens pode muito bem estar um tema que freqüentemente retorna nas Escrituras. Nos tempos primitivos da Terra após a queda, os rebeldes de Babel estavam determinados a construir “uma cidade e uma torre” (Gn 11.4). A cidade era um centro de atividade comercial, enquanto a torre representava o ponto focal do culto pagão. Essa dupla caracterização do cosmo como expressão de egoísmo (o espírito ganancioso do comercialismo não-santificado) e de rebelião (a busca por ídolos) ressoa ao longo de toda a Palavra de Deus, chegando a um clímax em Apocalipse 17-18, onde anjos que se mantiveram fiéis a Deus anunciam a tão esperada e muito merecida destruição da Babilônia religiosa e comercial.

É instrutivo notar que enquanto todo o trecho de Ezequiel 26-28 repreende severamente a Tiro – o mais importante centro de comércio e de riqueza nos dias desse profeta – Isaías 14 denuncia Babilônia, que representa o centro da falsa religião ao longo de toda a Escritura. Talvez essa caracterização do cosmo caído como “cidade e torre” – tão importante naquilo que a Escritura afirma em relação ao mundo em rebelião contra Deus – ajude a explicar o salto dado pelos profetas nas passagens que consideramos. Quando contemplavam a cultura de seu tempo, que incorporava perfeitamente um elemento do cosmo caído, cada um deles se sentiu compelido pelo Espírito superintendente de Deus a focalizar a rebelião angélica dos tempos primitivos, a qual animava a rebelião humana que estavam denunciando.

Dessa forma, essas duas críticas severas, que identificam os espíritos perversos de cobiça inescrupulosa e rebelião espiritual, ajudam a explicar por que tais espíritos predominam tantas vezes ao longo da história humana. Os textos referidos, ao mesmo tempo, também antecipam a destruição profeticamente narrada em Apocalipse 17 e 18.

A linhagem de Satanás

De Isaías 14 e Ezequiel 28 emerge um quadro relativamente extenso de Satanás antes de sua rebelião.

Lúcifer: essa palavra vem de uma raiz hebraica que significa “brilhar”, sendo usada unicamente como título para referir-se à estrela de maior brilho e cujo resplendor mais resiste ao nascimento do Sol.

Sua pessoa: Ele foi o ser mais exaltado de toda a criação (Ez 28.13,15), a mais grandiosa das obras de Deus, um ser celestial radiante, que refletia da maneira mais perfeita o esplendor de seu Criador. Assim, ele apropriadamente era chamado de Lúcifer. Essa palavra vem de uma raiz hebraica que significa “brilhar”, sendo usada unicamente como título para referir-se à estrela de maior brilho e cujo resplendor mais resiste ao nascimento do Sol. O nome Lúcifer tornou-se amplamente usado como título para Satanás antes de sua rebelião porque é o equivalente latino dessa palavra. Na realidade, é difícil saber com certeza se o termo foi empregado com o sentido de nome próprio ou de expressão descritiva.

Seu lugar: Ezequiel afirmou que esse anjo exaltado estava “no Éden, jardim de Deus” (Ez 28.13). Aqui, a referência não é ao Éden terreno que Satanás invadiu para tentar a humanidade, mas à sala do trono em que Deus habita em absoluta majestade e perfeita pureza (veja Is 6; Ez 1). Ezequiel 28 também chama esse lugar de “monte santo de Deus”, onde Lúcifer andava “no brilho das pedras” (v. 14). Essas descrições não são apropriadas ao Éden terreno, mas adequadas à sala do trono de Deus, conforme representações em outros lugares da Escritura.

Sua posição: Satanás é denominado “querubim da guarda ungido” (Ez 28.14). Querubins representam a mais alta graduação da autoridade angélica, sendo seu papel guardar simbolicamente o trono de Deus (compare os querubins esculpidos flanqueando a arca da aliança – o trono de Javé – no Tabernáculo ou Templo, Êx 25.18-22; Hb 9.5; cf. Gn 3.24; Ez 10.1-22). Lúcifer foi ungido (consagrado) por sentença deliberada de Deus (Ez 28.14: “te estabeleci”) para a tarefa indizivelmente santa de guardar o trono do todo-glorioso Criador. Ele é descrito como sendo dotado de beleza inigualável, vestido de luz radiante, equipado com sabedoria e capacidade ilimitadas, mas também criado com o poder de tomar decisões morais reais. Portanto, a obrigação moral mais básica de Satanás era a de permanecer leal a Deus, de lembrar sempre que, independentemente de quão elevada fosse a sua posição, seu estado era o de um ser criado.

A queda de Satanás

Neste ponto, encontramo-nos diante de um dos mais profundos mistérios do universo moral, conforme revelado nas Escrituras: “Como é que o pecado entrou no universo?” Está claro que a entrada do pecado tem conexão com a rebelião de Satanás. Mas, como foi que o impulso perverso surgiu no coração de alguém criado por um Deus perfeitamente santo? Diante de tal enigma, temos de reconhecer que as coisas encobertas de fato pertencem a Deus; as reveladas, no entanto, pertencem a nós (Dt 29.29). E três dessas realidades claramente reveladas merecem ser enfatizadas:

Primeiro: a queda de Lúcifer foi resultado de sua insondável e pervertida determinação de usurpar a glória que pertence unicamente a Deus. Esse fato é explicitado em uma série de cinco afirmações que empregam verbos na primeira pessoa do singular, conforme registradas em Isaías 14.13-14. Nisto consiste a essência do pecado: o desejo e a determinação de viver como se a criatura fosse mais importante que o Criador.

Lúcifer andava “no brilho das pedras” (Ez 28.14). Essa descrição refere-se à sala do trono de Deus, conforme representações em outros lugares da Escritura.

Segundo: Satanás é inteira e exclusivamente responsável por sua escolha perversa. Nisso existe uma dimensão inescrutável. Alguns têm argumentado que Deus deve ter Sua parcela de responsabilidade por este (e todo outro) crime, porque, caso fosse de Seu desejo, poderia ter criado um mundo em que tal rebelião fosse impossível. Outros dizem que, se Deus tivesse criado um mundo em que apenas se pudesse fazer o que o seu Criador quisesse, nele não poderiam ser incluídos agentes morais feitos à imagem de Deus, dotados da capacidade de tomar decisões reais – e, conseqüentemente, de escolher adorar e amar a Deus. Há verdade nessa observação, mas também há mistério. O relato deixa claro que o orgulho fez com que Lúcifer caísse numa terrível armadilha (Is 14.13-14; Ez 28.17; cf. 1 Tm 3.6), mas nada explica como tal orgulho de perdição pode surgir no coração de uma criatura de Deus não caída e perfeita.

No entanto, não há mistério quanto ao fato de que Satanás é, totalmente e com justiça, responsável pelo seu crime. Ezequiel 28.15 afirma explicitamente que Lúcifer era perfeito desde o dia em que foi criado, “até que se achou iniqüidade em ti”. A culpabilidade moral é dele, e apenas dele. Na verdade, em toda sua extensão, a Bíblia afirma que Deus governa soberanamente o universo moral e controla todas as coisas – inclusive a maldade de homens e anjos – para que correspondam aos seus perfeitos propósitos. Mas ela também ensina que Deus não deve e não será responsabilizado por essa maldade, em qualquer sentido.

Finalmente, por causa de sua rebelião, Satanás tornou-se o arquiinimigo de Deus e de tudo o que é divino. Sua queda – bem como a dos espíritos que se uniram a ele – é irreversível; não há esperança de redenção. Satanás foi privado da comunhão com o Deus santo de forma final e irrecuperável. Para ser exato, Satanás ainda tem acesso à sala judicial do trono do Universo por causa de seu papel de acusador dos irmãos, papel este que lhe foi designado divinamente (Jó 1 e 2; Zc 3; Lc 22.31; Ap 12.10). Tal acesso, no entanto, é destituído da comunhão com Deus ou da Sua aceitação. Devido à sua traição, que foi a mais terrível na história do cosmo, Satanás e seus anjos somente podem esperar a condenação e a punição eternas (Mt 25.41). (Douglas Bookman - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, setembro de 2002.
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A BABILÔNIA NA PROFECIA BIBLÍCA

“Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu juízo” (Ap 18.10).

A guerra no Iraque – a antiga Babilônia – tem ocupado as manchetes nos últimos anos. Será que a Bíblia tem algo a dizer sobre o papel a ser desempenhado pela Babilônia no futuro? A Babilônia mencionada na Bíblia tem alguma relação com o Iraque de nossos dias?

Essas questões podem ser solucionadas respondendo à seguinte pergunta: todas as referências bíblicas à Babilônia devem ser interpretadas literalmente ou não? Eu creio que sim. O Dr. Charles Dyer declara:

A Bíblia menciona o termo Babilônia mais de duzentas e oitenta vezes, e muitas dessas referências dizem respeito à futura cidade de Babilônia que será edificada na areia fina do atual deserto.[1]

Na verdade, depois de Jerusalém, Babilônia é a cidade mais citada em toda a Bíblia. Mas qual será o seu destino profético? Para entendermos esse assunto de maneira adequada, precisamos iniciar a nossa viagem explorando o passado da Babilônia, já que os fatos relacionados ao seu nascimento prestam auxílio no esclarecimento de seu papel futuro.

O Passado de Babilônia

A antiga cidade de Babilônia começou imediatamente após o Dilúvio e simboliza a expressão da rebelião direta do homem contra Deus e contra a Sua ordem: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra” (Gn 9.1b). Portanto, o reinado humano começou na Babilônia com uma rebelião clara e evidente contra Deus. O Senhor interveio e espalhou a humanidade rebelde confundindo seus idiomas. O nome “Babel” foi dado à cidade de Ninrode, por causa da sentença de Deus sobre seus habitantes (Gn 11.1-9). O Dr. Dyer explica:

Babel foi a primeira tentativa de unificação da humanidade para causar um curto-circuito no propósito de Deus. Essa primeira cidade pós-diluviana foi projetada expressamente para frustrar o plano de Deus relativo à humanidade. As pessoas buscavam unidade e poder, e Babel deveria ser a sede governamental desse poder. Babilônia, a cidade feita por homens, que tenta se elevar até o céu, foi construída em direta oposição ao plano de Deus.[2]

Babel foi a primeira tentativa de unificação da humanidade para causar um curto-circuito no propósito de Deus. Essa primeira cidade pós-diluviana foi projetada expressamente para frustrar o plano de Deus relativo à humanidade. As pessoas buscavam unidade e poder, e Babel deveria ser a sede governamental desse poder.

A Babilônia estava novamente em primeiro plano no sexto século antes de Cristo[3] quando Deus enviou o Reino do Sul de Israel (Judá) para os setenta anos de cativeiro. Foi nessa época que Daniel recebeu de Deus muitas de suas visões proféticas. Nessas revelações, a Babilônia foi o primeiro dos quatro grandes impérios que se levantaram durante os “tempos dos gentios” (Dn 2 e 7). A história revela que a Babilônia sofreu um declínio até o segundo século depois de Cristo, quando ficou deserta. Essa cidade soterrada sob as areias do tempo durante os últimos mil e setecentos anos recomeçou sua ascensão no século passado. Espere mais um pouco e você verá a Babilônia tornando-se uma força religiosa, comercial e politicamente dominante no mundo, pois os capítulos 17 e 18 de Apocalipse predizem sua destruição, mas, para ser a cidade que essas profecias projetam, Babilônia precisa ser reconstruída em grande escala, voltando a ser como nos dias de Nabucodonosor.

O Futuro de Babilônia

Como a Babilônia desempenhou um importante papel no passado, também já está agendado por Deus – segundo foi revelado na profecia – que ela desempenhará um papel central no futuro. Ela se tornará, provavelmente, a capital do Anticristo durante os futuros sete anos de tribulação, conforme retratado na série de ficção Deixados para Trás de Tim LaHaye e Jerry Jenkins.

A Babilônia foi a cidade mais importante do mundo por quase 2000 anos, e a Bíblia nos diz que será reerguida e colocada no palco mundial do fim dos tempos para representar um papel de destaque (Ap 14.8; Ap 16.19; Ap 17 e Ap 18). A profecia referente ao final dos tempos exige que a Babilônia seja reconstruída e se torne uma cidade importante aos interesses mundiais durante a Tribulação. O texto de Isaías 13.19 diz: “Babilônia, a jóia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou”. O contexto de Isaías 13 é “o Dia do Senhor”, expressão mais utilizada no Antigo Testamento para o termo largamente conhecido como “Tribulação”. Além disso, no passado a Babilônia foi conquistada por outros povos mas nunca foi destruída num cataclismo (ou seja, “como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou”). Atualmente a [região de] Babilônia tem aproximadamente 250.000 habitantes. O texto de Apocalipse 18.16,19 fala de uma súbita destruição pela mão de Deus: “Ai! Ai! da grande cidade,... porque, em uma só hora, foi devastada!” O Dr. Arnold Fruchtenbaum declara:

As profecias referentes à cidade de Babilônia nunca se cumpriram no passado, o que qualquer enciclopédia pode testificar. Para que as profecias bíblicas se cumpram, é necessário que a cidade de Babilônia seja reconstruída na mesma área de outrora. A antiga Babilônia é o atual Iraque.[4]

A Babilônia tem um importante papel na história futura, mas será totalmente destruída num determinado momento ainda por vir.

Em Apocalipse 17-18 Babilônia é citada como sendo a fonte da religião, do governo, e da economia ímpios. Todos os aspectos injustos da sociedade do fim dos tempos são, finalmente, derivados de uma fonte babilônica. O verdadeiro caráter de Babilônia é revelado a João em Apocalipse 17.5 como um mistério assim descrito:

“BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA”.

Como a mãe de todas as religiões falsas, Babilônia é a fonte onde nasce o falso cristianismo de nossos dias e, certamente, durante a Tribulação. Todas as correntes do cristianismo apóstata – catolicismo romano, as igrejas ortodoxas do Oriente e o protestantismo liberal – vão convergir na Babilônia eclesiástica (Ap 17) durante a Tribulação. O Dr. Dyer nos informa:

...em Apocalipse 17 João descreve a visão em duas partes. A primeira parte fala de uma mulher identificada como Babilônia. Simboliza uma cidade de extrema riqueza que controla – “povos, multidões, nações e línguas” (Ap 17.15). Ela é literalmente a cidade de Babilônia reconstruída.[5]

Esses povos, multidões, nações e línguas vão continuar sua tarefa de enganar, mas sofrerão o juízo de Deus durante e no final da Tribulação. Encontramos o mesmo parecer sobre Babilônia e a descrição de um destino semelhante em Apocalipse 18 referindo-se à Babilônia comercial.

Uma Babilônia Literal

Ao longo da história da Igreja, grande parte dos intérpretes da Bíblia pensava que essa Babilônia fosse um tipo de palavra-código referente a alguma entidade como o Império Romano, o catolicismo romano, o cristianismo apóstata ou mesmo os Estados Unidos ou a Inglaterra. Entretanto, creio que, assim como o termo “Israel” na Bíblia sempre se refere a Israel, o termo “Babilônia” sempre se refere à Babilônia.

Como a mãe de todas as religiões falsas, Babilônia é a fonte onde nasce o falso cristianismo de nossos dias e, certamente, durante a Tribulação. Todas as correntes do cristianismo apóstata – catolicismo romano, as igrejas ortodoxas do Oriente e o protestantismo liberal – vão convergir na Babilônia eclesiástica (Ap 17) durante a Tribulação.

Em primeiro lugar, creio que o livro de Apocalipse é uma grande estação central para onde convergem todas as profecias bíblicas referentes ao futuro. O Dr. Fruchtenbaum explica esse fato da seguinte maneira:

As profecias do Antigo Testamento estão espalhadas pelos livros de Moisés, de vários profetas e pelos livros históricos. Seria impossível desenvolver qualquer seqüência cronológica dos eventos mencionados nessas profecias. O valor do livro de Apocalipse não está no fato de oferecer novas informações, mas em ordenar as profecias do Antigo Testamento em seqüência cronológica, possibilitando determinar a ordem dos eventos.[6]

Quando se estuda o que Deus declara acerca da Babilônia no livro de Apocalipse, obviamente vemos que essas profecias não se cumpriram em acontecimentos passados e, portanto, terão seu cumprimento em eventos futuros. Os capítulos 17 e 18 de Apocalipse, que falam sobre a Babilônia, fazem muitas alusões a ela citando profecias do Antigo Testamento como Isaías 13 e 14, Jeremias 50 e 51 e Zacarias 5.5-11.[7] A única interpretação plausível para um literalista é que as referências são à “Babilônia às margens do Eufrates”.[8] O Dr. Robert Thomas prossegue, dizendo:

...no dia vindouro, predito nas páginas dessa profecia, essa cidade se tornará o foco central de todo o sistema religioso que se opõe decididamente à verdade da fé cristã. O sistema religioso prosperará durante algum tempo, exercendo influência sobre as instituições comerciais e políticas de sua época, até que a Besta e os dez reis determinem que esse sistema já não tem qualquer utilidade para seus propósitos. Eles, então, o desmantelarão.[9]

A Babilônia de Apocalipse é literal e, por conseguinte, as profecias a seu respeito hão de se cumprir literalmente no futuro, talvez em um futuro próximo.

Uma “Exegese de Jornal”?

Os preteristas, como Gary DeMar, por exemplo, zombam da perspectiva de voltar a existir uma Babilônia reconstruída no futuro e desempenhando um papel na profecia do fim dos tempos. “Será que deveríamos esperar uma reconstituição de Babilônia no futuro, tendo por base os eventos descritos no livro de Apocalipse?”, pergunta DeMar. “A Babilônia de Apocalipse é a mesma Babilônia do Antigo Testamento?... De jeito nenhum”.[10] DeMar acredita que aqueles que vêem uma correlação entre os eventos atuais e a preparação feita por Deus para o futuro período de Tribulação estão desenvolvendo uma “exegese de jornal”. Diz ele que estamos “lendo a Bíblia pela lente dos acontecimentos atuais”.[11] Porém, eu argumento que ocorre exatamente o contrário.

A única interpretação plausível para um literalista é que as referências são à “Babilônia às margens do Eufrates”. Na foto: uma vista do Rio Eufrates a partir da represa de Hadithah.

Os intérpretes literalistas da Bíblia há muito tempo têm ensinado que Israel deve retornar à sua terra antes da Tribulação, fundamentados na sua compreensão do cronograma profético. Isso aconteceu com o estabelecimento do Estado de Israel em 1948. Os judeus estão de volta à sua terra e posicionados para cumprir o seu destino quando a Tribulação começar. No passado, antes de 1948, os intérpretes literalistas não se baseavam naquilo que os jornais diziam para crer no que a Bíblia profetizava. Pelo contrário, eles criam que Israel seria restaurado porque a Bíblia assim o dizia. O que realmente acontece é que Deus está cumprindo Suas profecias perante um mundo observador e os jornais apenas relatam os fatos. Se a convicção de que Deus cumpre o que diz tivesse sido uma espécie de “exegese de jornal”, antes de 1948 não teríamos começado a proclamar a nossa certeza de que Israel seria restabelecido. Contrariando essa “exegese de jornal”, os estudiosos da Bíblia já proclamavam o retorno de Israel à sua terra como um evento futuro centenas de anos antes que ocorresse.

Por semelhante modo, estudiosos da profecia também têm ensinado, há muitos anos, que haverá um ressurgimento do Império Romano e que a cidade de Babilônia será reconstruída, já que essas entidades desempenharão um papel específico durante o futuro período da Grande Tribulação. Antes que Saddam Hussein subisse ao poder, Charles Dyer concluiu a sua tese de mestrado no Seminário Teológico de Dallas (em maio de 1979) falando da futura reconstrução de Babilônia. Bem antes de seu tempo, um significativo grupo de estudiosos da Bíblia argumentava “em alto e bom som” que a Bíblia prediz uma futura reconstrução da cidade de Babilônia às margens do Rio Eufrates [ou seja, a idéia de uma Babilônia reconstruída não é tão nova].

Em minha biblioteca limitada encontrei uma porção de autores que, baseados em Apocalipse 17 e 18, ensinaram a respeito de uma futura Babilônia. Nesse grupo estão incluídos: B. W. Newton (1853),[12] G. H. Pember (1888),[13] J. A. Seiss (1900),[14] Clarence Larkin (1918),[15] Robert Govett (1920),[16] E. W. Bullinger (1930),[17] William R. Newell (1935),[18] F. C. Jenings (1937),[19] David L. Cooper (1942)[20] e G. H. Lang (1945).[21] Tenho certeza que muitos outros poderiam ser acrescentados a essa lista.

Conclusão

Visto que uma Babilônia literal terá uma função na Tribulação vindoura, é razoável que a guerra no Iraque, embora não seja um cumprimento da profecia bíblica, sem dúvida está posicionando a Babilônia para a sua iminente tarefa. Será muito interessante observarmos quais serão os desdobramentos dessa guerra e que reflexões podemos fazer quanto à sua influência ou não na preparação do palco para a Tribulação. Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - http://www.chamada.com.br)

Notas:

Charles H. Dyer, The Rise of Babylon: Is Iraq at the Center of The Final Drama? Edição Revisada, Chicago: Moody Press, [1991], 2003, p. 16.
Dyer, Rise of Babylon, p. 47.
Para uma visão geral sobre a Babilônia, veja o nosso diagrama “Babylon in History and Prophecy” na obra de Tim Lahaye e Thomas Ice intitulada Glorioso Retorno – O Final dos Tempos (São Paulo, SP: Abba Press, 2004), p. 102. Veja também Joseph Chambers, A Palace for the Antichrist: Saddam Hussein’s Drive to Rebuild Babylon and Its Place in Bible Prophecy (Green Forest, AR, 1996).
Arnold Fruchtenbaum, The Footsteps of the Messiah: A Study of the Sequence of Prophetic Events, (Tustin, Califórnia: Ariel Ministries Press, 1982), p. 192.
Dyer, Rise of Babylon, p. 162.
Fruchtenbaum, Footsteps, p. 9.
Para uma lista de 550 alusões ao Antigo Testamento em Apocalipse, veja Fruchtenbaum, Footsteps, pp. 454-459. Para a defesa de uma Babilônia literal e como as referências vétero-testamentárias em Apocalipse embasam essa perspectiva, veja Charles H. Dyer, “The Identity of Babylon in Revelation 17-18”, em duas partes, Biblioteca Sacra, vol. 144, nº 575 (Julho-Setembro de 1987), pp. 305-316, e nº 576 (Outubro-Dezembro de 1987), pp. 433-449. Veja ainda Charles Harry Dyer, “The Identity of Babylon in Revelation 17-18,” Th.M.Thesis, Dallas Theological Seminary, 1979.
Robert Thomas, Revelation 8-22: An Exegetical Commentary (Chicago: Moody Press, 1995), p. 307.
Thomas, Revelation 8-22. pp. 307-308.
Gary DeMar, Last Days Madness: Obsession of the Mordern Church, (Power Springs, Georgia, EUA, American Vision, 1999), p. 358.
DeMar, Last Days Madness, p. 210.
B. W. Newton, Thoughts on the Apocalypse, and Conversation on Revelation, xvii.
G. H. Pember, Mystery Babylon The Great, pp. v, 22.
J. A. Seiss, The Apocalypse: Lectures on the Book of Revelation, p. 397.
Clarence Larkin, Dispensational Truth, pp. 140-144.
Robert Govett, The Apocalypse Expounded.
E. W. Bullinger, Commentary on Revelation, p. 530.
William R. Newell, Revelation: A Complete Commentary, p. 268.
F. C. Jennings, Studies in Revelation, p. 476.
David L. Cooper, World’s Greatest Library Graphically Illustrated, p. 100.
G. H. Lang, The Revelation of Jesus Christ, p. 305.

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, agosto de 2006.
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